Max Weber – Vida e Obra
"...
Pondo-se de lado alguns trabalhos precursores, como os de Maquiavel (1469-1527) e Montesquieu (1689-1755), o estudo científico dos fatos humanos somente começou a se constituir em meados do século XIX. Nessa época, assistia-se ao triunfo dos métodos das ciências naturais, concretizadas nas radicais transformações da vida material do homem; operadas pela Revolução Industrial. Diante dessa comprovação inequívoca da fecundidade do caminho metodológico apontado por Galileu (1564-1642) e outros, alguns pensadores que procuravam conhecer cientificamente os fatos humanos passaram a abordá-los segundo as coordenadas das ciências naturais. Outros, ao contrário, afirmando a peculiaridade do fato humano e a conseqüente necessidade de uma metodologia própria. Essa metodologia deveria levar em consideração o fato de que o conhecimento dos fenômenos naturais e um conhecimento de algo externo ao próprio homem, enquanto nas ciências sociais o que se procura conhecer é a própria experiência humana. De acordo com a distinção entre experiência externa e experiência interna, poder-se-ia distinguir uma série de contrastes metodológicos entre os dois grupos de ciências. As ciências exatas partiriam da observação sensível e seriam experimentais, procurando obter dados mensuráveis e regularidades estatísticas que conduzissem à formulação de leis de caráter matemático.
As
ciências humanas, ao contrário, dizendo respeito à própria experiência
humana, seriam introspectivas, utilizando a intuição direta dos fatos, e
procurariam atingir não generalidades de caráter matemático, mas
descrições qualitativas de tipos e formas fundamentais da vida do
espírito.
Os
positivistas (como eram chamados os teóricos da identidade fundamental
entre as ciências exatas e as ciências humanas) tinham suas origens
sobretudo na tradição empirista inglesa que remonta a Francis Bacon
(1561-1626) e encontrou expressão em David Hume (1711-1776), nos
utilitaristas do século XIX e outros. Nessa linha metodológica de
abordagem dos fatos humanos se colocariam Augusto Comte (1798-1857) e
Émile Durkheim (1858-1917), este considerado por muitos como o fundador
da sociologia como disciplina científica. Os antipositivistas, adeptos
da distinção entre ciências humanas e ciências naturais, foram sobretudo
os alemães, vinculados ao idealismo dos filósofos da época do
Romantismo, principalmente Hegel (1770-1831) e Schleiermacher
(1768-1834). Os principais representantes dessa orientação foram os
neokantianos Wilhelm Dilthey (1833-1911), Wilhelm Windelband (1848-1915)
e Heinrich Rickert (1863-1936). Dilthey estabeleceu uma distinção que
fez fortuna: entre explicação (erklären) e compreensão (verstehen). O
modo explicativo seria característico das ciências naturais, que
procuram o relacionamento causal entre os fenômenos. A compreensão seria
o modo típico de proceder das ciências humanas, que não estudam fatos
que possam ser explicados propriamente, mas visam aos processos
permanentemente vivos da experiência humana e procuram extrair deles seu
sentido (Sinn). Os sentidos (ou significados) são dados, segundo
Dilthey, na própria experiência do investigador, e poderiam ser
empaticamente apreendidos na experiência dos outros.
Dilthey
(como Windelband e Rickert), contudo, foi sobretudo filósofo e
historiador e não, propriamente, cientista social, no sentido que a
expressão ganharia no século XX. Outros levaram o método da compreensão
ao estudo de fatos humanos particulares, constituindo diversas
disciplinas compreensivas. Na sociologia, a tarefa ficaria reservada a
Max Weber.
..." Fonte : http://www.culturabrasil.pro.br/weber.htm _________________________________________________________________________ O Sistema capitalista controla tudo, assim foi explicado por Max Weber. |
terça-feira, 21 de abril de 2009
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