Quisera, Senhor, neste Natal,
armar uma árvore dentro do meu coração
e nela pendurar em vez de presentes,
os nomes dos meus amigos!
Os amigos de longe e os de perto,
os antigos e os recentes,
os que vejo cada dia,
os que raramente encontro.
Os sempre lembrados,
os que, às vezes, ficam esquecidos,
os constantes e os inconstantes
os das horas difíceis e os das horas alegres.
Os que, sem querer, eu magoei,
ou, sem querer, me magoaram,
aqueles a quem conheço profundamente,
e aqueles de quem me são conhecidas, apenas as aparências.
Os que pouco me devem
e aqueles a quem muito devo,
meus amigos jovens e meus amigos velhinhos,
meus amigos homens feitos, e as crianças minhas amiguinhas.
Meus amigos humildes, e meus amigos importantes,
os nomes de todos que já passaram pela minha vida;
os que me admiram e me estimam sem eu saber,
e os que eu amo e estimo, sem lhes dar a entender.
Quisera, Senhor, neste Natal,
armar uma árvore de raízes profundas
para que seus nomes nunca mais
sejam arrancados da minha vida.
Uma árvore de ramos mais extensos, para que novos nomes,
vindos de todas as partes, venham juntar-se aos já existentes,
uma árvore de sombra muito agradável,
para que nossa amizade seja um momento
de repouso no meio das lutas da vida!
(Autor desconhecido)