O Editor

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

A Igreja e o Estado

Já se foram os tempos em que a igreja evangélica era vista como “protestante” no sentido estrito da palavra, pois hoje, no Brasil, o evangelho se fortaleceu de tal sorte, que podemos afirmar sem sombra de dúvidas, a denominação religiosa mais freqüentada e praticada em nosso país, que, ainda sofre com os resquícios da colonização portuguesa. Todavia, os não-evangélicos, abandonaram sua religião de nascimento, no tocante da palavra “freqüentar”, enfim, é o vazio que a igreja católica persiste em suas contradições doutrinárias e costumes.

Ora, a igreja evangélica não surgiu como alternativa, e sim como uma renovação iluminista, desde os tempos de Marinho Lutero, o reformador da igreja, uma igreja que inquisicionava e ancorava o medievalismo dos senhores feudais e seus reis.
No Brasil, as igrejas evangélicas, se classificam em três forças: as tradicionais, as pentecostais e as Neopentecostais, originando se uma da outra respectivamente.
No Brasil, em todas as cidades, em suas praças centrais, encontra-se uma igreja católica, e em tempo em tempo, bate-se o sino desesperadamente, dizendo ao povo, Estou aqui!!!
Com a Constituição de 1988, o Brasil começara a mostrar o iluminismo em sua Carta Magna, pois no Preâmbulo de nossa Constituição, eis os seguintes dizeres:
“Nos, representantes do povo brasileiro, reunidos em assembléia nacional constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos morais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de DEUS, a seguinte constituição da Republica Federativa do Brasil”.
Ora, isso não significa que o Estado Brasileiro seja um Estado Teocrático, mesmo invocando a proteção de DEUS, todavia a proteção de Deus, ela é efetuada e concretizada, no tocante a “valores supremos de uma sociedade pluralista”, uma sociedade que esmagou o povo de Deus, e hoje a mesma sociedade olha para a igreja evangélica como a única solução para as desigualdades, as inseguranças, o mal-estar, as injustiças que no preâmbulo de nossa carta magna promete soluções que não asseguram o povo brasileiro, mas, Deus e seu povo, continuam acirradamente a fazer sua parte, para fazer um país melhor.
Se por outro lado, as igrejas não-evangélicas também exercem essa função social, exercem até como função principal, pois elas carecem de doutrinas e ensinamentos aos seus jovens, que no mundo da criminalidade, a representatividade é grande e gritante para um povo, que os seus pais levam os seus filhos a praticar todos os procedimentos religiosos como uma habilitação da religião e na como a edificação de um homem, de um povo ou de uma nação.
Enquanto, que a igreja evangélica deve ocupar esse vazio na sociedade, de uma sociedade pluralista, em enraizar valores primordiais da vida, e, voltando a sociedade pluralista, temos um exemplo marcante, na nossa cultura: em 1970, a seleção de Pelé, ao agradecer o seu triunfo no mundial, agradeceu a ave Maria, já a seleção de Felipe Scolari, agradeceu de forma pluralista, bem como diz a carta magna, metade de católicos, agradecia da maneira que eles exercitam sua fé, e a outra metade, exercitavam sua fé do jeito que realmente acreditam.
Mas devemos ressaltar, que isso é a realidade positiva do Brasil, fruto das mudanças que as organizações Institucionais Brasileiras, através de sua Constituição e da atuação dos “protestantes”, protestando contra as injustiças, as imoralidades de uma sociedade colonizada por ladrões, assassinos e escravocratas, protestando contra a política oligarquista, contra os desmandos sociais.
Hoje, o Brasil, possui mais de 80 deputados na câmara federal, uma demonstração de força do povo evangélico, no tocante a política, a religião em si, na economia, em todas as camadas sociais e profissionais.
Antigamente, para se obter um trabalho evangélico musical, era necessário que o interessado fosse a uma revendedora evangélica; hoje a facilidade de se encontrar um trabalho evangélico melhorou em muito, em qualquer loja de discos, poderá se encontrar um espaço reservado para os discos evangélicos, dando a opção ao comprador de olhar e levar o que ele bem entender. Pois, a pluralidade de nossa sociedade e tão rica, que ao mesmo tempo, que se fala em pluralidade, singelamente e felizmente existe somente um Deus, o mesmo Deus invocado pela Constituição e de nossa Republica, é o mesmo Deus invocado pelos evangélicos nas suas respectivas igrejas, lares e corações.
Em breve, o Brasil será Repúbica do Evangelio, pois, a desconfiança é tão grande, que uma gentileza que antigamente era vista como gentileza, hoje as pessoas enxergam com outros olhos, as más intenções ou interesses alheios.