| A data era da Santa, o dia era 13, do Galo, o time jogava bem melhor que o adversário. Mesmo perdendo o jogo até os 30 minutos do segundo tempo, a pressão, chutes a gol e lances perigosos, mostravam que o empate estava chegando, talvez até acontecesse a vitória atleticana. Tudo era possível para o sofrido torcedor, acostumado a grandes desafios e viradas heroicas. Quem sempre foi criticado em partidas anteriores era o melhor do jogo. Patric partia pra cima, ignorava o marcador, dava passes precisos, quase fez gol. Maicsuel era outro, jogando um futebol de qualidade. Só faltavam os gols saírem, bola na trave, defesas milagrosas do goleiro adversário, juiz jogando contra o Galo. Um gol anulado e um penalty não marcado. O Atlético chegaria ao empate, era questão de tempo e paciência. O time adversário estava acuado, dando chutões para cima e para os lados, certo de que a força e a fé do Galo eram maiores. E veio o desastre, a traição. Jesus Dátolo, primeiro nome do Mestre, ontem fez papel de Judas, traidor, jogou água no fogo dos companheiros, com um toque de cabeça infantil, vendeu por nenhum dinheiro nossos sonhos de Libertadores. Errar é humano, perdoar é divino, eu penso assim, torcedor de verdade não, quer vitórias, pune quem falha, as vaias e as cobranças virão. E uma cabeça também. |