O Editor

quinta-feira, 25 de março de 2010

As chuvas de Janeiro

As chuvas de Janeiro já não são mais: tranquila, serena e fina como sempre foi nas terras “brasilis”. 
De uns tempos para cá, a população dos grandes centros vem sofrendo acintosamente sem saber para quem reclamar; grandes tempestades, pouca vazão de água da chuva e muito lixo, são fatores para tais angústias.
As grandes tempestades são fenômenos ligados a aceleração da existência humana, o efeito estufa e o super aquecimento. O desequilíbrio natural é profano aos olhos da vida e que será o grande motivo para os homens sofrerem as consequências.
A falta de vazão das águas, é mais uma prova que a falta de planejamento urbano é a grande razão para que haja inundações, prejuízos e desespero!
O Asfalto, um dos principais produtos do petróleo, foi utilizado em grande escala em muitos lugares, que era a sua pavimentação de paralelepípedos ou pedras. Isso faz com que não haja escoamento da água em todo solo e sim, a água escoa em direção do nível mais baixo; aos poucos vão se agrupando em forma de enxurrada, fazendo com que as tubulações, que ainda é da época da pavimentação de pedras, não resiste ao tamanho volume, fazendo, com que a água se acumule e inunde as partes mais rasas da cidade.
O lixo, aí é um caso sério! O que é lixo afinal? Bem se é nós que sujamos as ruas, logo, somos um bando de lixo ???
É duro dizer isso, mas infelizmente a nossa sociedade ainda não está preparada para conviver com os resíduos dos produtos lançados no mercado. Por exemplo: dizem que não podem jogar a pilha já usada em lixos normais e sim devem ser jogados em local apropriado. Bem, quem produziu a pilha? Quem vendeu a pilha?
Veja que além do povo gastar dinheiro em comprar as pilhas, ainda cabe ao povo saber onde jogar. Sabe quem é esse povo? É o mesmo povo, que saiu dos anos 70, do século passado, do êxito rural; um povo trabalhador, marcados pelas amarguras das ilusões causadas em suas vidas, ouvindo promessas e não vendo as serem realizadas. Uma massa perdida no Novo Mundo, sem saber o que estava fazendo. Sendo massa de manobra do Grande Curral Eleitoral ainda existente na terra "brasilis".
E o plástico? E as garrafas "pets"? E as bitucas de cigarro? E as cascas de balas? São inúmeras as coisas que um dia fora vendido e que depois virou lixo. Lixo esse que acumula nas cidades, entupindo as tubulações, que a vazão dos tubos não suporta água e lixo ao mesmo tempo, dando lugar ao entupimento e inundando as casas, principalmente dos mais pobres, daquelas pessoas que moram em áreas de riscos.
Cabe ao povo pensar e parar de sujar as veias da cidade, para que chegue saúde aos rios de nossa mãe terra, as veias que correm e cortam as plataformas terrenas e levam as águas cheias de vidas e abundância a todos os povos.
O lixo é como uma overdose de drogas nas veias que cortam as terras e que irrigam as terras com lixo, o mesmo lixo que um dia foi produto, que foi tributo, que um dia foi dinheiro, que um dia foi suor de alguém que trabalhou duro para que tal acontecesse.