"Na interpretação dos números, o 7 é considerado uma situação especial em relação aos demais."
Parabenizando Migalhas pelos 7 anos de vida, o migalheiro Celso Buzzoni, do Escritório
de Advocacia Celso Buzzoni, envia texto sobre a simbologia do número 7.
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Simbologia do número 7
O
Setenário, o poderoso número 7 (sete) é o número representativo da harmonia,
resultante do equilíbrio, estabelecido por elementos não semelhantes.
Provavelmente,
matemáticos e estudiosos antigos chegaram a tal conclusão da força do número 7
quando descobriram que a adição dos números opostos, daria sempre, em
resultado, o número 7:
1 + 6 = 7
2 + 5 = 7
3 + 4 = 7
Na
interpretação dos números, o 7 é considerado uma situação especial em relação
aos demais. Está presente desde a criação do mundo, conforme nos dá conta as
escrituras: a obra feita em 7 dias.
O próprio
Deus Universal tem 7 qualificações: IMANENTE (está contido em todas as formas
existentes); TRANSCEDENTE (está acima de tudo que criou); ONISCIENTE (sabe
tudo); ONIPOTENTE (tem poder ilimitado); ONIPRESENTE (está presente em toda a
parte); IMUTÁVEL (não está sujeito a mudança) e IMATERIAL (não é material, em
essência, é espiritual).
Para se
mostrar a importância do número 7 desde os primitivos povos: os Caldeus
construíram sete envilhárias cúbicas na torre de Babel, considerando essa obra
mais sagrada que outras, pois o setenário desse edifício tinha por fim ligar a
Terra ao Céu. Naquela época, 7 grandes astros eram conhecidos como mais ativos
que as estrelas fixas: o Sol, a Lua, Marte, Mercúrio, Júpiter, Vênus e Saturno.
Acreditavam
os antigos ainda que sete teriam sido os planos consagrados a uma das Causas
Secundárias organizadoras do Universo. É a essas causas setenárias que se
atribui a Obra da Criação, tal como aparece nas diversas cosmogonias, das quais
a Gnose Hebraica é uma espécie particular. Tais causas coordenadoras têm sua
consagração nos 7 dias da semana, símbolo submúltiplo das sete épocas da
Criação, cujo culto, remonta, no mínimo, à civilização babilônica.
Os
antigos filósofos distinguiam sete influências distintas que se manifestavam em
todo ser organizado, quer se tratasse do Macrocosmo (mundo celeste ou mundos
grandes), quer dos Microcosmos (mundo terrestre ou mundos pequenos),
representado pelo indivíduo humano, animal, vegetal ou mineral.
A
diferenciação entre os dois cosmos estaria na existência de uma natureza mais
elevada, em conseqüência de um acorde vibratório com as 7 notas que formam a
gama da harmonia universal. Conhecer tais notas é de suma importância para
aquele que deseja, como Pitágoras apregoava, pretender ouvir a chamada música
das esferas.
Descartes,
filósofo francês, relacionou 7 paixões humanas: admiração, alegria, amor,
desejo, ódio, tristeza e esperança.
Apesar de
sermos educados na existência de 5 sentidos, na verdade são 7: olfato, paladar,
visão, audição e tato; o sexto seria a percepção mental e o 7º a compreensão
espiritual.
As notas
correspondem aos 7 dias da semana que, a par das revoluções religiosas,
continuam consagrar o setenário divino, concebido há mais de 5.000 anos pelos sábios.
Estudos
dão conta que há entre os homens de uma mesma raça 7 tipos nitidamente
caracterizados, quer no físico, quer na moral. No campo da moral, existem os
chamados 7 pecados capitais: orgulho, preguiça, avareza, gula, inveja, luxúria
e cólera.
O número
7, ainda, constitui-se da medida do ciclo de nossa evolução. Podemos imaginar
que desde o nascimento até os 7 anos o indivíduo consagra todas as energias à
construção do seu corpo físico; dos 7 aos 14 anos, à construção do corpo
emocional; dos 14 aos 21 anos, a construção do corpo mental; dos 21 aos 28 anos
à síntese e ao testemunho, na existência, dessa síntese. O que o ser construiu
é o que se chama personalidade, que é uma síntese de um corpo físico, emocional
e mental.
Até os 28
anos o ser construiu sua personalidade. Dos 28 a 35, de 35 a 42 e de 42 a 49
anos o ser constrói sua individualidade. No primeiro ciclo, pode-se dizer que é
um trabalho de corpo (até os 28 anos). Após, um trabalho da alma. No segundo
período a personalidade entra em contato com a alma. Isso quer dizer que o
corpo é totalmente renovado e regenerado a cada 7 anos. Se o ciclo do 7
intervém de modo tão preciso na evolução do homem, física e psicológicamente, é
porque ele corresponde a leis cósmicas que se aplicam em diferentes planos da
Criação.
Encontramos
também o simbolismo do 7 em todas as religiões, observando-se que 7 foram as
igrejas primitivas:
a)
Judaísmo: Há os 7 degraus da Perfeição; os 7 braços do candelabro sagrado, as 7
moradas de Iaveh, os 7 anos que durou a construção do Templo de Salomão, os 7
sacerdotes que, trazendo 7 trombetas, deram 7 voltas em torno da muralha de
Jericó, quando chegou o 7º dia.;
b)
Cristianismo: Os 7 dias da criação, as 7 visões do Apocalipse (com as 7
igrejas, as 7 estrelas, as 7 trombetas, os 7 trovões, as 7 cabeças, as 7
calamidades , 7 anjos e as 7 taças), os 7 milagres, os 7 pecados capitais, os 7
“Eu sou” do Cristo etc.; a cruz onde Cristo morreu possuía 4 pontas e três
cravos, cuja soma representa o 7; Jesus, na cruz, proferiu 7 frases. Sete são
os sacramentos da igreja católica; 7 são os dons do Espírito Santo. Jesus
alimentou 4.000 pessoas com 7 pães e com as sobras encheram-se 7 cestos.
c)
Hinduísmo/Budismo: Há a menção dos 7 raios do Sol de Buda, os 7 céus, as 7
direções do espaço sagrado, os 7 estados do Nirvana, as 7 faces do Monte Meru,
cada uma delas voltadas para os 7 dvîpa (continentes) etc.;
d) Islamismo: O Alcorão faz
alusão aos 7 céus, aos 7 mares, às 7 terras, às 7 divisões do inferno, às 7
portas do paraíso, às 7 palavras da profissão de fé mulçumana etc.
Durante
os séculos VII e VI a.C. a antiga religião politeísta do Irã, o MASDEÍSMO, foi
reformada e dada novas dimensões pelo profeta ZOROASTRO, que teria vivido entre
628 à 551.a.C. Adotado pelos reis persas, o Zoroastrismo se tornou a religião
oficial do Império Aquemênida. Sua teologia influenciou mais tarde os gregos, o
judaísmo, o cristianismo e o islamismo. No estudo do zoroastrimos, encontramos
também o número 7 presente. Sete teriam sido as entidades abstratas que refletem
os aspectos do Deus supremo e único. São os Amesha Spentas, os "imortais
benevolentes", semelhantes aos arcanjos do cristianismo.
Outro
mistério envolvendo o número 7 é a sua relação com a fase lunar. O 7 é uma
forma lunar, pois o ciclo lunar é de 28 dias. Somando-se as unidades
1+2+3+4+5+6+7 = 28.
Há,
ainda, os 7 chakras, as 7 cores do arco-íris( vermelho, laranja, amarelo,
verde, azul, anil e violeta) e repetindo-se o que já exposto, as 7 notas
musicais.
Podemos
ainda mencionar as 7 maravilhas do Mundo Antigo (Estátua de Zeus Olimpo, Templo
de Diana- Turquia, Colosso de Rodes-Grecia, Mausoléu de Halicarnasso-Turquia,
Farol de Alexandria-Egito, Jardim Suspenso da Babilônia (Iraque, hoje) e as
Pirâmides do Egito).
Na
literatura infantil, a Branca de Neve e os 7 anões, cada um com uma
personalidade diferente.
Na Grécia
antiga, 7 foram os grandes sábios: Sólon, Quílon, Tales de Mileto, Cleóbulo,
Bias, Periandro e Pitaco.
Nas artes
plásticas, 7 foram os grandes pintores: Van Gogh, Rembrant, Michelangelo, Ticiano,
Goya, Toulousse-Lautrec e Picasso.
O ano
313, cuja soma corresponde ao 7, marca o ano em que o Império Romano reconheceu
o Cristianismo como religião. E a cidade escolhida para a sede mundial do
Cristianismo foi ROMA, a Cidade das 7 Colinas.
Dentro do
folclore da Romênia, região onde foi introduzida a lenda sobre os vampiros,
existe um princípio de que o 7º filho do 7º filho tornar-se-ia um vampiro.
Na
mitologia grega, 7 cabeças possuía a hidra que o semi-deus Hércules matou,
quando da realização dos 12 trabalhos.
Estudiosos
esotéricos alegam que entre o continente americano e o africano, há tempos
atrás, existia uma civilização avançada, a qual foi denominada de Atlântida. Os
mesmos estudiosos dizem que o continente da Atlântida sucumbiu, restando apenas
algumas ilhotas no Oceano Atlântico que corresponderiam ao continente que
afundou. Tais ilhas são denominadas de Arquipélago dos Açores e tal arquipélago
é constituído de 7 ilhas.
Expressões
populares também fazem menção ao número 7: "guardar segredo a sete
chaves", "o gato possui 7 vidas", "fulano pinta o 7";
"quem rouba ladrão tem 7 anos de perdão", etc.
Em muitos
países, 7 são os membros do júri popular (Tribunal).
Na
realidade, não existe nenhuma tradição que não mencione, de uma forma ou outra,
o nº 7 e o seu poder criador. Isso porque, tal número está ligado a ritmos e
ciclos cósmicos que se aplicam tanto no mundo visível como ao mundo invisível.
Após 77
anos de vida, a alma se prepara para a transição e usa todas as ocasiões
possíveis para sensibilizar o indivíduo à sua dimensão espiritual. Pitágoras
considerava que, após tal idade, o "homem não faz parte dos vivos",
ou seja, o ser já se sente mais desligado do mundo material e de suas
contigências.
MigalhasBibliografia: