O Editor

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Simbologia do número 7


"Na interpretação dos números, o 7 é considerado uma situação especial em relação aos demais."




Parabenizando Migalhas pelos 7 anos de vida, o migalheiro Celso Buzzoni, do Escritório de Advocacia Celso Buzzoni, envia texto sobre a simbologia do número 7.


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Simbologia do número 7
O Setenário, o poderoso número 7 (sete) é o número representativo da harmonia, resultante do equilíbrio, estabelecido por elementos não semelhantes.
Provavelmente, matemáticos e estudiosos antigos chegaram a tal conclusão da força do número 7 quando descobriram que a adição dos números opostos, daria sempre, em resultado, o número 7:
1 + 6 = 7
2 + 5 = 7
3 + 4 = 7
Na interpretação dos números, o 7 é considerado uma situação especial em relação aos demais. Está presente desde a criação do mundo, conforme nos dá conta as escrituras: a obra feita em 7 dias.
O próprio Deus Universal tem 7 qualificações: IMANENTE (está contido em todas as formas existentes); TRANSCEDENTE (está acima de tudo que criou); ONISCIENTE (sabe tudo); ONIPOTENTE (tem poder ilimitado); ONIPRESENTE (está presente em toda a parte); IMUTÁVEL (não está sujeito a mudança) e IMATERIAL (não é material, em essência, é espiritual).
Para se mostrar a importância do número 7 desde os primitivos povos: os Caldeus construíram sete envilhárias cúbicas na torre de Babel, considerando essa obra mais sagrada que outras, pois o setenário desse edifício tinha por fim ligar a Terra ao Céu. Naquela época, 7 grandes astros eram conhecidos como mais ativos que as estrelas fixas: o Sol, a Lua, Marte, Mercúrio, Júpiter, Vênus e Saturno.
Acreditavam os antigos ainda que sete teriam sido os planos consagrados a uma das Causas Secundárias organizadoras do Universo. É a essas causas setenárias que se atribui a Obra da Criação, tal como aparece nas diversas cosmogonias, das quais a Gnose Hebraica é uma espécie particular. Tais causas coordenadoras têm sua consagração nos 7 dias da semana, símbolo submúltiplo das sete épocas da Criação, cujo culto, remonta, no mínimo, à civilização babilônica.
Os antigos filósofos distinguiam sete influências distintas que se manifestavam em todo ser organizado, quer se tratasse do Macrocosmo (mundo celeste ou mundos grandes), quer dos Microcosmos (mundo terrestre ou mundos pequenos), representado pelo indivíduo humano, animal, vegetal ou mineral.
A diferenciação entre os dois cosmos estaria na existência de uma natureza mais elevada, em conseqüência de um acorde vibratório com as 7 notas que formam a gama da harmonia universal. Conhecer tais notas é de suma importância para aquele que deseja, como Pitágoras apregoava, pretender ouvir a chamada música das esferas.
Descartes, filósofo francês, relacionou 7 paixões humanas: admiração, alegria, amor, desejo, ódio, tristeza e esperança.
Apesar de sermos educados na existência de 5 sentidos, na verdade são 7: olfato, paladar, visão, audição e tato; o sexto seria a percepção mental e o 7º a compreensão espiritual.
As notas correspondem aos 7 dias da semana que, a par das revoluções religiosas, continuam consagrar o setenário divino, concebido há mais de 5.000 anos pelos sábios.
Estudos dão conta que há entre os homens de uma mesma raça 7 tipos nitidamente caracterizados, quer no físico, quer na moral. No campo da moral, existem os chamados 7 pecados capitais: orgulho, preguiça, avareza, gula, inveja, luxúria e cólera.
O número 7, ainda, constitui-se da medida do ciclo de nossa evolução. Podemos imaginar que desde o nascimento até os 7 anos o indivíduo consagra todas as energias à construção do seu corpo físico; dos 7 aos 14 anos, à construção do corpo emocional; dos 14 aos 21 anos, a construção do corpo mental; dos 21 aos 28 anos à síntese e ao testemunho, na existência, dessa síntese. O que o ser construiu é o que se chama personalidade, que é uma síntese de um corpo físico, emocional e mental.
Até os 28 anos o ser construiu sua personalidade. Dos 28 a 35, de 35 a 42 e de 42 a 49 anos o ser constrói sua individualidade. No primeiro ciclo, pode-se dizer que é um trabalho de corpo (até os 28 anos). Após, um trabalho da alma. No segundo período a personalidade entra em contato com a alma. Isso quer dizer que o corpo é totalmente renovado e regenerado a cada 7 anos. Se o ciclo do 7 intervém de modo tão preciso na evolução do homem, física e psicológicamente, é porque ele corresponde a leis cósmicas que se aplicam em diferentes planos da Criação.
Encontramos também o simbolismo do 7 em todas as religiões, observando-se que 7 foram as igrejas primitivas:
a) Judaísmo: Há os 7 degraus da Perfeição; os 7 braços do candelabro sagrado, as 7 moradas de Iaveh, os 7 anos que durou a construção do Templo de Salomão, os 7 sacerdotes que, trazendo 7 trombetas, deram 7 voltas em torno da muralha de Jericó, quando chegou o 7º dia.;
b) Cristianismo: Os 7 dias da criação, as 7 visões do Apocalipse (com as 7 igrejas, as 7 estrelas, as 7 trombetas, os 7 trovões, as 7 cabeças, as 7 calamidades , 7 anjos e as 7 taças), os 7 milagres, os 7 pecados capitais, os 7 “Eu sou” do Cristo etc.; a cruz onde Cristo morreu possuía 4 pontas e três cravos, cuja soma representa o 7; Jesus, na cruz, proferiu 7 frases. Sete são os sacramentos da igreja católica; 7 são os dons do Espírito Santo. Jesus alimentou 4.000 pessoas com 7 pães e com as sobras encheram-se 7 cestos.
c) Hinduísmo/Budismo: Há a menção dos 7 raios do Sol de Buda, os 7 céus, as 7 direções do espaço sagrado, os 7 estados do Nirvana, as 7 faces do Monte Meru, cada uma delas voltadas para os 7 dvîpa (continentes) etc.;
d) Islamismo: O Alcorão faz alusão aos 7 céus, aos 7 mares, às 7 terras, às 7 divisões do inferno, às 7 portas do paraíso, às 7 palavras da profissão de fé mulçumana etc.
Durante os séculos VII e VI a.C. a antiga religião politeísta do Irã, o MASDEÍSMO, foi reformada e dada novas dimensões pelo profeta ZOROASTRO, que teria vivido entre 628 à 551.a.C. Adotado pelos reis persas, o Zoroastrismo se tornou a religião oficial do Império Aquemênida. Sua teologia influenciou mais tarde os gregos, o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. No estudo do zoroastrimos, encontramos também o número 7 presente. Sete teriam sido as entidades abstratas que refletem os aspectos do Deus supremo e único. São os Amesha Spentas, os "imortais benevolentes", semelhantes aos arcanjos do cristianismo.
Outro mistério envolvendo o número 7 é a sua relação com a fase lunar. O 7 é uma forma lunar, pois o ciclo lunar é de 28 dias. Somando-se as unidades 1+2+3+4+5+6+7 = 28.
Há, ainda, os 7 chakras, as 7 cores do arco-íris( vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta) e repetindo-se o que já exposto, as 7 notas musicais.
Podemos ainda mencionar as 7 maravilhas do Mundo Antigo (Estátua de Zeus Olimpo, Templo de Diana- Turquia, Colosso de Rodes-Grecia, Mausoléu de Halicarnasso-Turquia, Farol de Alexandria-Egito, Jardim Suspenso da Babilônia (Iraque, hoje) e as Pirâmides do Egito).
Na literatura infantil, a Branca de Neve e os 7 anões, cada um com uma personalidade diferente.
Na Grécia antiga, 7 foram os grandes sábios: Sólon, Quílon, Tales de Mileto, Cleóbulo, Bias, Periandro e Pitaco.
Nas artes plásticas, 7 foram os grandes pintores: Van Gogh, Rembrant, Michelangelo, Ticiano, Goya, Toulousse-Lautrec e Picasso.
O ano 313, cuja soma corresponde ao 7, marca o ano em que o Império Romano reconheceu o Cristianismo como religião. E a cidade escolhida para a sede mundial do Cristianismo foi ROMA, a Cidade das 7 Colinas.
Dentro do folclore da Romênia, região onde foi introduzida a lenda sobre os vampiros, existe um princípio de que o 7º filho do 7º filho tornar-se-ia um vampiro.
Na mitologia grega, 7 cabeças possuía a hidra que o semi-deus Hércules matou, quando da realização dos 12 trabalhos.
Estudiosos esotéricos alegam que entre o continente americano e o africano, há tempos atrás, existia uma civilização avançada, a qual foi denominada de Atlântida. Os mesmos estudiosos dizem que o continente da Atlântida sucumbiu, restando apenas algumas ilhotas no Oceano Atlântico que corresponderiam ao continente que afundou. Tais ilhas são denominadas de Arquipélago dos Açores e tal arquipélago é constituído de 7 ilhas.
Expressões populares também fazem menção ao número 7: "guardar segredo a sete chaves", "o gato possui 7 vidas", "fulano pinta o 7"; "quem rouba ladrão tem 7 anos de perdão", etc.
Em muitos países, 7 são os membros do júri popular (Tribunal).
Na realidade, não existe nenhuma tradição que não mencione, de uma forma ou outra, o nº 7 e o seu poder criador. Isso porque, tal número está ligado a ritmos e ciclos cósmicos que se aplicam tanto no mundo visível como ao mundo invisível.
Após 77 anos de vida, a alma se prepara para a transição e usa todas as ocasiões possíveis para sensibilizar o indivíduo à sua dimensão espiritual. Pitágoras considerava que, após tal idade, o "homem não faz parte dos vivos", ou seja, o ser já se sente mais desligado do mundo material e de suas contigências.


Bibliografia:
Migalhas