Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli, se mostra crítico à legislação partidária do país
Neste ano de eleições gerais e disputa pelo Palácio do Planalto, assumirá a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em maio, um magistrado que tem avaliação crítica sobre a legislação partidária do país e o sistema de financiamento das campanhas eleitorais.
"O financiamento das candidaturas, desde o cargo de vereador até o presidente da República, foi capturado pelas empresas. O setor privado capturou a democracia no Brasil. É isso que temos que discutir", afirmou o juiz e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), José Antonio Dias Toffoli, em entrevista ao Brasil Econômico em Brasília. Ele defende uma ampla reforma política, que se não vier por iniciativa do Congresso, poderá vir por pressão da sociedade.
Para Toffoli, a estrutura dos partidos é outro grande desafio: "No Brasil, há proprietários de partidos políticos. São aqueles que controlam o dinheiro que vem do fundo, controlam o dinheiro que vem das doações e com isso fidelizam o filiado". Sua conclusão sobre o mensalão surpreende: "Não se tratou nem de corrupção ativa, nem de caixa 2. Usando uma palavra não técnica, o que houve foi extorsão. Determinados partidos disseram: ‘Eu vou para a base (de apoio parlamentar) se vocês me derem dinheiro para a campanha'". Há cinco anos como juiz do Supremo, Toffoli, com 47 anos incompletos, é ainda o mais jovem ministro, mas não teme permanecer na Corte até a aposentadoria, aos 70. Diz que no STF o tempo passa rápido e defende a vitaliciedade no cargo.
"O financiamento das candidaturas, desde o cargo de vereador até o presidente da República, foi capturado pelas empresas. O setor privado capturou a democracia no Brasil. É isso que temos que discutir", afirmou o juiz e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), José Antonio Dias Toffoli, em entrevista ao Brasil Econômico em Brasília. Ele defende uma ampla reforma política, que se não vier por iniciativa do Congresso, poderá vir por pressão da sociedade.
Para Toffoli, a estrutura dos partidos é outro grande desafio: "No Brasil, há proprietários de partidos políticos. São aqueles que controlam o dinheiro que vem do fundo, controlam o dinheiro que vem das doações e com isso fidelizam o filiado". Sua conclusão sobre o mensalão surpreende: "Não se tratou nem de corrupção ativa, nem de caixa 2. Usando uma palavra não técnica, o que houve foi extorsão. Determinados partidos disseram: ‘Eu vou para a base (de apoio parlamentar) se vocês me derem dinheiro para a campanha'". Há cinco anos como juiz do Supremo, Toffoli, com 47 anos incompletos, é ainda o mais jovem ministro, mas não teme permanecer na Corte até a aposentadoria, aos 70. Diz que no STF o tempo passa rápido e defende a vitaliciedade no cargo.
Entrevista - "Setor privado capturou a democracia" de Dias Toffoli, por Edla Lula, Octávio Costa e Sonia Filgueiras (redacao@brasileconomico.com.br) - 24/03/14 09:20